domingo, 6 de junho de 2010

Palocci: a volta do petista que na verdade nunca foi

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Antonio Palocci virou o principal nome da campanha de Dilma Rousseff



Da revista Época

Em fevereiro, logo após a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, despontar em alta nas pesquisas, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel passou a ser apontado por colegas de partido como forte candidato a “futuro chefe da Casa Civil do governo Dilma”. A despeito da longa distância que separa a expectativa de vitória desses petistas de um êxito nas urnas em outubro, a “nomeação” servia para ilustrar o grau de amizade entre Dilma e Pimentel – e a influência dele na campanha dela. Ambos se conhecem há quatro décadas.

No mês passado, Dilma voltou a subir nas pesquisas e, pela primeira vez, empatou com seu principal adversário, José Serra (PSDB), na liderança. Desta vez, no entanto, Pimentel, o único coordenador da campanha petista ao Planalto indicado diretamente por Dilma, está em posição menos confortável. Nas projeções futuras ou de poder na campanha, Pimentel foi eclipsado pelo ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, colocado na campanha a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um exímio arrecadador de recursos.

Quem contribuiu para destruir as pretensões de Pimentel foi, ironicamente, a equipe que ele próprio montou para comandar a estratégia de comunicação de Dilma. O jornalista Luiz Lanzetta, com folha corrida de serviços prestados a Pimentel, se afastou da chefia de comunicação da campanha na semana passada, depois de ter se envolvido na investigação de denúncias sobre os negócios da empresária Verônica Serra, filha de Serra, e numa desastrada operação para espionar adversários dentro da própria campanha do PT.

Pesquisa mostra que presidente Lula continua em alta com a população



O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado ótimo ou bom por 75% dos eleitores, segundo a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. A nota média dada à gestão, em uma escala de zero a 10, é de 7,8.
A divisão do eleitorado por regiões e faixas de renda revela que o nível de satisfação é mais alto entre os mais pobres e entre os moradores da região Nordeste.

Para 82% dos nordestinos, o governo é ótimo ou bom. A aprovação é de 80% entre os brasileiros que têm renda familiar de até um salário mínimo.
No outro extremo, 65% dos moradores do Sul afirmaram que o governo é ótimo ou bom. Na população com renda superior a cinco salários mínimos, a aprovação é de 68%.
Cerca de um quarto do eleitorado atribui nota 10 ao governo. Apenas 7% dão nota inferior a 5.
O desempenho pessoal de Lula tem índice de aprovação superior ao de seu governo: 86% estão satisfeitos com a forma como o presidente governa o País.
A avaliação positiva do presidente chega a 92% na região Nordeste. No Sul, esse índice é de 75% – uma diferença de 17 pontos porcentuais.

Depois de propagandas partidárias na TV, Dilma e Serra ficam empatados





Daniel Bramatti, de O Estado de São Paulo
José Serra e Dilma Rousseff aparecem empatados na primeira pesquisa de intenção de voto feita após a exibição das propagandas partidárias do PT e do DEM, que promoveram em rede nacional de rádio e televisão as candidaturas da petista e do tucano, respectivamente.
Segundo levantamento do Ibope feito a pedido do Estado e da TV Globo, Serra e Dilma têm, cada um, 37% das preferências dos eleitores. Marina Silva, do PV, aparece com 9%.
Em relação à pesquisa anterior do Ibope, feita em abril, antes da propaganda dos dois principais pré-candidatos no rádio e na TV, Dilma subiu cinco pontos porcentuais, e Serra caiu três.
O empate persiste na simulação de um eventual segundo turno: 42% para o tucano, 42% para a petista. Na pesquisa Ibope de abril, o placar era de 46% a 37%.
As investidas de Serra e Dilma na TV atingiram uma parcela similar do eleitorado: cerca de um quarto do eleitorado disse ter assistido o programa de um ou de outro. Mas há elementos que indicam que a propaganda petista foi mais efetiva: Dilma tem 51% das intenções de voto no grupo que viu seu programa, e apenas 34% no segmento que não viu nenhum político na TV. No caso de Serra, praticamente não há diferenças entre os dois grupos: 41% de preferências entre os que viram o programa tucano e 37% entre os que não viram.
A pré-candidata do PT dividiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o programa partidário de dez minutos que o PT exibiu no último dia 13 no rádio e na televisão. Além de apresentar sua ex-ministra como herdeira política, Lula procurou creditar a ela o êxito de programas que ajudam a alimentar a popularidade do governo, como o Luz Para Todos e o Bolsa-Família.
A oposição acusou o PT de fazer campanha antecipada, o que é ilegal. O programa partidário do DEM, porém, veiculado no dia 27, também colocou Serra em destaque, ao exibir o discurso do tucano no evento em que havia se lançado pré-candidato.
Consolidação. Dilma assumiu a dianteira na pesquisa espontânea, aquela em que os entrevistados revelam suas preferências antes de ler a lista dos candidatos. Nessa modalidade, a ex-ministra da Casa Civil aparece com 19%, seguida pelo ex-governador de São Paulo, com 15%.
O fator desinformação ainda tem peso significativo na matemática eleitoral: o presidente Lula, que nem sequer pode concorrer novamente, aparece com 12% na pesquisa espontânea. Dois terços desse segmento lulista têm renda familiar de até dois salários mínimos. Na região Nordeste, 22% do eleitorado ainda aponta o presidente como candidato preferido.
O número de lulistas na pesquisa espontânea vem diminuindo paulatinamente a cada sondagem do Ibope: desde fevereiro, caiu 11 pontos porcentuais, ao passo que as menções a Dilma subiram 10 pontos.
Nanicos. O índice de rejeição é outro item da pesquisa em que não há empate. Quando o Ibope pergunta em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum, Serra aparece com 24%, à frente da adversária, com 19%.
Além de pesquisar o cenário com os pré-candidatos do PSDB, do PT e do PV, o Ibope também apresentou aos entrevistados, pela primeira vez, uma lista com os nomes dos chamados “nanicos” – representantes de micropartidos. Mesmo com 13 pré-candidatos no segundo cenário, o quadro fica exatamente o mesmo – Serra, Dilma e Marina mantêm seus porcentuais.

PT monta estratégia de guerra para combater estrago provocado por dossiê

 
Atingida pelas denúncias sobre a suposta operação para produzir um dossiê contra o tucano José Serra (PSDB), a campanha presidencial da ex-ministra Dilma Rousseff montou às pressas uma operação para minimizar o estrago do noticiário sobre o assunto. A ordem dada pela cúpula petista, reforçada pessoalmente por Dilma nas conversas com seus principais auxiliares na manhã de hoje, é investir na tese de que qualquer iniciativa de espionagem de adversários e recrutamento de arapongas não teve respaldo do comando da campanha.
Ao longo da manhã, petistas investiram em negativas sobre a existência do esquema de espionagem. Nos bastidores, afinaram o discurso de que qualquer recrutamento de arapongas para levantar informações dentro ou fora da campanha teria ocorrido por determinação exclusiva do jornalista Luiz Lanzetta, responsável por parte da comunicação da campanha.
Diante do envolvimento do nome do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel nas notícias que tratam do tema, também passou a vigorar com mais ênfase a afirmação de que o real comando da campanha sempre esteve nas mãos do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.
Dilma orientou aliados a não alimentar demais o noticiário sobre o caso. Também ficou acertado que iniciativas prometidas antes deste fim de semana, como a de interpelar judicialmente Serra por ter responsabilizado Dilma pela suposta produção do dossiê, serão levadas adiante.
O caso sobre o suposto esquema de espionagem montado dentro da campanha petista ganhou força com notícias veiculadas neste fim de semana por jornais e revistas semanais. A revista Veja, que já havia divulgado na semana passada reportagem sobre a suposta tentativa de setores da campanha petista de produzir um dossiê contra Serra, veiculou hoje uma entrevista com o delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo Souza.
Apontado pela reportagem como chefe do grupo de espionagem, ele disse ter sido orientado a levantar até “coisas pessoais” sobre adversários. Além de ter a tarefa de detectar um suposto vazamento de informações dentro da campanha, Onésimo diz ter sido escalado para monitorar Serra, o deputado Marcelo Itagiba, seus amigos e seus familiares.
A reportagem foi reforçada por notícia divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que também confirma a montagem de uma equipe de espionagem, integrada pelo sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo. Caberia a ele, diz o texto, a indicação de Onésimo e de outros agentes. O assunto, segundo o jornal, chegou a ser discutido com Pimentel, que teria inclusive se queixado do preço cobrado pelo serviço.
A revista Época também se debruçou sobre o tema. Trouxe reportagem sobre a perda de espaço de Pimentel dentro do comando da campanha e a ascenção de Palocci como o responsável por comandar a estratégia para levar Dilma ao Palácio do Planalto.
Ao iG, Pimentel negou qualquer participação. “Nunca houve montagem de esquema de espionagem”, disse o ex-prefeito de Belo Horizonte, dizendo ter tomado conhecimento do encontro entre Lanzetta e Onézimo pela imprensa. "Jamais fui informado de qualquer reunião para tratar de assuntos de segurança, vigilância ou qualquer tema correlato", reiterou, em nota à imprensa.
Também investindo na negativa, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, engrossou o coro: "As pessoas (do PT) tomaram conhecimento da história quando foram questionadas pela imprensa. O partido foi procurado pela imprensa., ficou sabendo assim.

Vereadora do PSB diz que foi Jarbas quem vendeu a Celpe

Com o início da pré-campanha ao Governo do Estado, o candidato da oposição insiste em maquiar os fatos sobre a polêmica venda da Celpe. No entanto, o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) esquece de mencionar fatos que tiveram importantes consequências na vida dos pernambucanos.

Antes de deixar o governo em 31 de dezembro de 1998, o ex-governador Miguel Arraes (PSB) declarou publicamente que era contra qualquer privatização, inclusive, a da Celpe. Quem efetivou a venda da Companhia Energética de Pernambuco foi o senhor Jarbas Vasconcelos, em sua gestão.

Além de ter vendido um dos maiores patrimônios de Pernambuco, o ex-governador Jarbas investiu a maior parte dos recursos oriundos da transação numa rodovia federal. Fato, no mínimo, estranho para quem tinha um de seus maiores aliados na Vice-Presidência da República. Ele deveria ter trabalhado para conquistar o financiamento desta e de outras obras com recursos da União.

O senhor Jarbas Vasconcelos ainda fez mais pelo povo: aumentou o imposto na conta de energia dos mais pobres e da classe média. Pernambuco teve uma das energias mais caras do Brasil e a população se viu obrigada a arcar com os aumentos acima da inflação e sofrendo com medo de ter a sua luz cortada. No final de 2003, o então governador Jarbas Vasconcelos aumentou de 17% para 25% o imposto sobre a conta de luz dos consumidores mais pobres, da classe média e dos pequenos empresários.

Quando o nosso governador Eduardo Campos (PSB) assumiu o Governo de Pernambuco, em janeiro de 2007, encontrou a Celpe privatizada. A preocupação do governador Eduardo Campos foi trabalhar para que os pernambucanos tivessem um preço justo nas contas de luz. Reduzir o imposto das contas de luz de quem consome menos, é uma questão de justiça com os pernambucanos. Quem gasta menos, paga menos. Esta, sim, foi uma política que priorizou os interesses de todos os pernambucanos e transformou a vida de muitas pessoas.

Marília Arraes, vereadora do Recife (PSB)

Eduardo quer Ciro com papel na campanha de Dilma




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Governador quer reaproximar socialista rebelde da pré-candidata do PT

Da coluna PainelFolha de S.Paulo

De volta a Brasília depois de um período de reclusão desde que foi alijado da disputa à Presidência, Ciro Gomes (PSB) será chamado para uma conversa com Dilma. A reaproximação é conduzida pelo governador Eduardo Campos (PSB-PE), autorizado a lhe ofertar um papel na campanha.

No Ceará, após a traumática passagem de Dilma Rousseff (PT) por lá no início da pré-campanha, Lula desembarca em Fortaleza na terça disposto a reforçar o discurso do PT, contrário a um "acordo branco" do governador Cid Gomes (PSB) para facilitar a reeleição do senador Tasso Jereissaiti (PSDB). O PT não aceita a oferta de indicar o vice de Cid, deixando Eunício Oliveira (PMDB) sair sozinho ao Senado. Os petistas reivindicam que o segundo nome na chapa ao Senado seja o do ex-ministro José Pimentel. Do contrário, já falam inclusive em pular fora.

PS - Essa aliança branca entre Cid Gomes e Tasso Jereissati é complicado para o PT, PSB e PSDB. Esse último ficaria sem um palanque forte no Ceará. O governador cearense oferece  a vice-governadoria aos petistas e aceita qualquer nome do partido. No entanto, o PT deve desistir de lançar o ex-ministro da Previdência, José Pimentel, como candidato ao Senado. Nessa briga pelas duas vagas ao Senado, o plano petista  é lançar o deputado federal Pimentel e apoiar o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB). Agora os petistas vêem o panorama mudar completamente com a aliança firmada entre Cid e Tasso. O governador vai apoiar a reeleição do tucano e a candidatura de Eunício. Pimentel pelo visto vai ter que dançar o rebolation para conseguir isso.

PT x PSDB deve ocorrer apenas em 7 Estados


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O PSDB e PT protagonizam confrontos pela Presidência da República há 16 anos. Nos Estados, porém, a realidade é outra. As conveniências e alianças regionais pesam e fazem com que os partidos deixem de se enfrentar de forma direta. Em 2010, de acordo com levantamento feito pelo IG, deve ocorrer o menor número de disputas polarizadas desde 1998. A depender do final das negociações em Minas Gerais, a previsão é de que ocorram apenas seis confrontos diretos nos Estados. Haverá sete se o PT insistir na manutenção da candidatura de Fernando Pimentel ao governo mineiro, descumprindo a determinação da cúpula nacional petista de apoiar Helio Costa (PMDB). 
Nas demais 26 unidades da federação, os confrontos diretos deverão se restringir a Acre, Distrito Federal, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantis. A eleição de 1998 é a que mais se aproxima da deste ano. Naquela oportunidade, PSDB e PT se enfrentaram em apenas sete estados. O confronto direto entre petistas e tucanos foi reduzido por conta da estratégia para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O PSDB abriu mão de disputar governos estaduais para apoiar candidatos de partidos aliados como PFL (atual DEM). Em outros, FHC teve dois candidatos.
Este ano, o PT adota estratégia similar para eleger Dilma Rousseff (PT). Em Minas, a cúpula do partido força a aliança com o PMDB -aliado nacional que deverá indicar Michel Temer como vice-presidente. Em outros Estados, como o Pará, Dilma deverá ter palanque duplo. Em 2002, quando vigorou a verticalização das coligações (determinação da Justiça Eleitoral para que os partidos reproduzissem nos Estados as alianças nacionais), o número de confrontos diretos PT X PSDB ficou em nove. Quatro anos depois, com o fim da verticalização, houve 10 embates. 

Parada Gay reúne 3 milhões em SP


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Avenida Paulista ficou pequena para a multidão neste domingo
Do G1
A 14ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo teve início às 12h55 deste domingo (6), assumindo um tom político. Os organizadores levam para a Avenida Paulista a reivindicação de que a luta contra a homofobia seja assumida pelos candidatos durante as eleições deste ano. A Parada teve início após a execução do Hino Nacional numa versão eletrônica, dando o clima da festa. Os trios elétricos concentrados em frente ao Museu de Arte de São Paulo, o Masp, devem percorrer a avenida Paulista até a rua da Consolação.

São esperadas cerca de 3 milhões de pessoas. Na edição 2010, a Parada Gay tem como  tema “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania”. Nos discursos antes do início do desfile dos trios elétricos, foram pedidas vaias para os políticos homofóbicos e a reivindicação dos direitos civis dos homossexuais."A gente conquistou o Dia Nacional Contra a Gomofobia. Essa não é uma conquista pequena, mas temos mais a conquistar. Vamos fazer uma festa linda, com muito beijo na boca", disse o ex Big Brother Jean Wyllys. A lei que institui o dia 17 de maio como Dia Nacional Contra a Homofobia foi assinada na última semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Queremos denunciar de onde vem o preconceito institucional e orientar a votar em candidatos tolerantes diversidade e comprometidos com os direitos humanos. Esse ano nós queremos preto no branco, não vamos tolerar mais candidatos que só prometem”, disse o presidente Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), Alexandre Santos, durante a coletiva de imprensa sobre o evento, pela manhã, na Assembleia Legislativa de São Paulo.
TURISMOSegundo a São Paulo Turismo (SPTuris), a parada é o evento que mais atrai turistas para a capital paulista. Pelo menos 400 mil turistas vindos de todo o Brasil e do exterior lotaram hotéis da cidade. Pesquisa do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) indica que a festa irá gera à cidade uma receita de até R$ 200 milhões.

Divisão regional dá o tom da eleição

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o IGA pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada no último sábado revela um País dividido em termos geográficos: o tucano José Serra lidera a corrida presidencial nas Regiões Sul e Sudeste, enquanto a petista Dilma Rousseff está à frente no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste.
Segundo o levantamento do Ibope, feito a pedido do jornal O Estado de S.Paulo e da TV Globo, Serra e Dilma têm, cada um, 37% das preferências dos eleitores. Marina Silva, do PV, aparece com 9%. Em relação à pesquisa anterior do Ibope, feita em abril, antes da propaganda dos dois principais pré-candidatos no rádio e na TV, Dilma subiu cinco pontos porcentuais, e Serra caiu três.
O empate persiste na simulação de um eventual segundo turno: 42% para o tucano, 42% para a petista. Na pesquisa Ibope de abril, o placar era de 46% a 37%. Os números também mostram uma divisão social: a petista colhe seus melhores resultados entre os mais pobres (11 pontos porcentuais de vantagem entre quem ganha até um salário mínimo), enquanto o tucano tem desempenho melhor na faixa mais alta de renda (9 pontos de folga entre os que recebem mais de cinco salários).
Mas a influência regional se sobrepõe à das classes sociais. No Sul e no Sudeste, até os pobres votam majoritariamente em Serra. Nas demais regiões, Dilma lidera mesmo na faixa com renda maior. Desde abril, data da pesquisa anterior do Ibope, a pré-candidata petista ampliou seu eleitorado em todas as regiões, com exceção do Sul, onde o panorama ficou inalterado, com oscilações dentro da margem de erro. 

Cinema: Fundaj oferece semana com sotaque francês


Luiz Joaquim
Da editoria de Programa
  
 
 “O PROFETA” é um dos destaques do festival francês
Quando em 2002 o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco recebia o primeiro festival de cinema francês, coordenado pela Embaixada da França no Brasil, não imaginava que a semana dedicada à contemporânea cinematografia francesa se tornaria um hit naquela sala. Tanto que em 2002 e 2003, o Recife teve a melhor performance nacional de público no festival que acontece em nove cidades brasileiras. Eram cerca de 2,5 mil pessoas por semana na sala do Derby. Se o recifense era (e manteve-se) fiel ao evento, então a edição 2010, iniciando hoje e seguindo até quinta-feira, promete ser histórica uma vez que além do já habitual atrativo, a atual seleção vem caprichada como há muito não se via.
Há uma razão aí. A nova curadoria, capitaneado por Christin Boudier, da Bonfilm Audiovisual Ltda., não apenas trouxe os novos e inéditos (nove) filmes franceses, mas trouxe os melhores e em maior quantidade. Contra os sete das edições anteriores, agora temos dez filmes, sendo apenas um não-inédito no Brasil - o excelente “Coco Chanel & Stravinsky”, de Jan Kounen, já foi exibido no mesmo Cinema da Fundação em dezembro na “Expectativa 2010”.
O filme de Kounen pode ser visto amanhã às 20h10 e quarta às 16h10. Aliás, todos os filmes têm uma reprise (veja programação ao lado). Hoje, particularmente, a grade está especial. Quem abre é o nada delicado diretor Bruno Dumont, que nos deu um tabefe em 1999 com “A Humanidade”. Já no seu novo “Hadewijch” a trama gira em torno de uma noviça, que dá título ao filme, e é expulsa do convento, voltando apenas a ser Celine, a filha de um diplomata em Paris em conflito com a realidade e sua fé extrema em Deus.
Depois, entra em cena o consagrado François Ozon com seu “O Refúgio”. No caso, o refúgio é para onde vai uma jovem burguesa e drogada quando descobre algo sobre si após a overdose do namorado. Mas a grande estrela da noite é “O Profeta”, de Jacques Audiar. O filme - sobre um jovem (meio árabe, meio corsico) que chega à prisão aos 19 anos de idade analfabeto, e aprende a ser um criminoso - levou o prêmio especial do Júri de Cannes 2008, além de nove Césars (Oscar francês) e concorreu ao original Oscar 2010 como estrangeiro. 
Outro destaque é “O Pequeno Nicolau”, de Laurent Tirard; e “Dia de Saia”, de Jean-Paul Lilienfeld, com Isabelle Adjani. Os outros títulos são “Faça-me Feliz”; “8 Vezes de Pé”; “Oceanos”; e “Um Outro Caminho”. O evento é realizado pela Unifrance com apoio da Embaixada da França no Brasil e da Delegação das Alianças Francesas. As outras oito capitais que recebem o festival são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.


Programação
Dia 4 de junho (hoje)
15h40- Hadewijch (Hadewijch),  de Bruno Dumont (2009)
17h40 — O Refúgio (Le Refuge),  de François Ozon (França, 2009)20h40 -
19h30 - O Profeta (Un prophète ), de Jacques Audiard (2008)
Dia 5 de junho (sábado)
15h30 - O Pequeno Nicolau (Le Petit Nicolas),  de Laurent Tirard (2008)
17h15 - O Profeta (Un prophète ), de Jacques Audiard (2008)
20h10 - Coco Chanel & Igor Stravinsky , de Jan Kounen (2009)
Dia 6 de junho (domingo)
16h40 - O Pequeno Nicolau (Le Petit Nicolas),  de Laurent Tirard (2008)
18h30 - Faça-me feliz (Fais-moi plaisir!),  de Emmanuel Mouret (2009)
20h20 - O Refúgio (Le Refuge),  de François Ozon (França, 2009)
Dia 7 de junho (segunda)
16h30 - O Dia da saia ( La Journée de la jupe),  de Jean-Paul Lilienfeld (2008)
18h20 - 8 Vezes de pé (8 fois debout),  de Xabi Molia (2009)
20h20 - Um novo caminho (Le dernier pour la route),  de Philippe Godeau (2009)
Dia 8 de junho (terça)
16h - 8 Vezes de pé (8 fois debout),  de Xabi Molia (2009)
18h - Um novo caminho (Le dernier pour la route),  de Philippe Godeau (2009)
20h20 - Hadewijch (Hadewijch),  de Bruno Dumont (2009)
Dia 9 de junho (quarta)
16h10 - Coco Chanel & Igor Stravinsky , de Jan Kounen (2009)
18h30 - O Dia da saia ( La Journée de la jupe),  de Jean-Paul Lilienfeld (2008)
20h30 - Oceanos (Océans ), de Jacques Perrin e Jacques Cluzaud (2009)
Dia 10 de junho (quinta)
16h40 - O Pequeno Nicolau (Le Petit Nicolas),  de Laurent Tirard (2008)
18h30 - Oceanos (Océans),  de Jacques Perrin e Jacques Cluzaud (2009)
20h40 - Faça-me feliz (Fais-moi plaisir!),  de Emmanuel Mouret (2009)

Cinema do Parque exibe "Chico Xavier" a partir da terça-feira


Estreia, nesta terça-feira (08), no Cinema do Parque, o longa "Chico Xavier", do diretor Daniel Filho. Também no Parque continua em exibição a animação "Como Treinar Seu Dragão". Já no Cinema Apolo, estará em cartaz o drama "Procurando Elly". Excepcionalmente, a programação do Cinema do Parque desta semana vai da terça (08) até a sexta-feira (11).
A cinebiografia do médium e líder espírita mineiro, adaptada do livro "As Vidas de Chico Xavier", de Marcel Souto Maior, conta com Ângelo Antônio e Nelson Xavier no elenco, sendo o segundo o personagem principal. A história parte da famosa entrevista dada por Chico no programa de TV Pinga-Fogo, da TV Tupi, em 1971. As sessões acontecem de terça (08) a sexta-feira (11), às 17h e às 19h30. A animação "Como Treinar Seu Dragão" conta com exibições de terça (08) a sexta-feira (11), às 15h. Os ingressos no Cinema do Parque custam R$ 1 (preço único).
No Cinema Apolo, estará em exibição a produção iraniana "Procurando Elly". No filme, amigos se reúnem para passar três dias às margens do Mar Cáspio, no Irã. No segundo dia um incidente acontece e uma estranha mulher que fora convidada acaba desaparecendo. As sessões acontecem de segunda (07) a quarta-feira (09), às 17h e às 19h15. Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia entrada).

Serviço
Cinema do Parque
Rua do Hospício, 81, Boa Vista - Recife (PE)
Fones: 3355.1553 / 1556

Cinema Apolo
Rua do Apolo, nº 121 – Recife (PE)
Fones: 3355.2028 | 2030

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lula defende política de aproximação a países vizinhos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a política do governo de aproximação com países vizinhos. Em discurso no 33º encontro da Comissão Econômica para América Latina e Caribe das Nações Unidas (Cepal), ele disse que o Brasil não pode dar as costas para os "parceiros" do continente.

"Tem gente até hoje que acha que nossa relação com a América do Sul é um retrocesso", disse. "Fui muito atacado quando disse que ia priorizar a relação com a América do Sul, a América Latina, a África e os países árabes".
Há duas semanas, o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, fez severas críticas ao formato atual do Mercosul e ao modelo de encontro de presidentes latino-americanos, numa crítica direta à política do governo Lula. Serra avaliou que o Mercosul é uma barreira para o Brasil fazer novos acordos e que a zona aduaneira é uma farsa.
No seu discurso, Lula não citou Serra, mas foi direto nas críticas à política externa e econômica do governo Fernando Henrique Cardoso. Lula disse que o "Brasil" disputava com o então presidente argentino Carlos Menem (1989-1999) quem era mais amigo de países ricos, não priorizando a relação com países emergentes.