quarta-feira, 26 de junho de 2013

Após pressão popular, Câmara rejeita PEC 37

A matéria foi recusada por 430 votos. Outros nove votaram a favor da PEC e dois deputados se abstiveram





Um dos principais motivos de descontentamento dos protestos que há duas semanas ocupam as ruas do País, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37 foi rejeitada nesta terça-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados. A matéria foi recusada por 430 votos. Outros nove votaram a favor  e dois se abstiveram. A derrubada da PEC havia sido acordada mais cedo em reunião de líderes. Com o resultado, a proposta acabará arquivada. Veja o voto de cada deputado na votação da PEC 37
 

sábado, 22 de junho de 2013

Sem acordo, PEC 37 deve ficar para o 2º semestre

 Governo orientou bancadas aliadas a recuarem da proposta que pretende amordaçar o Ministério Público após onda de protestos nas ruas:

 Sem conseguir um acordo entre policiais e representantes do Ministério Público, o Congresso Nacional decidiu adiar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 37, que proíbe o Ministério Público de conduzir investigações criminais, atribuição que passaria a ser exclusiva das polícias.

 O governo também orientou as bancadas aliadas a não forçarem a votação da emenda após ela ter sido incluída no cardápio de reivindicações dos protestos espalhados pelo país nas últimas semanas. A votação da emenda está agendada para o próximo dia 26 na Câmara dos Deputados, mas o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que está em viagem oficial à Rússia, já afirmou que pretende adiar a votação, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

 O presidente em exercício da Câmara, André Vargas (PT-PR), defende o adiamento para o segundo semestre. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, seguiu a mesma linha nesta quarta-feira. "Vou solicitar alguns dias para que termine esse processo de consulta em separado. Será um apelo a Henrique Alves para que se possível adie a votação", disse.

Reportagem na Íntegra no Site da Veja

Ótimo Livro de poemas de cunho crítico !!!

 

Segundo o autor do livro, meu amigo, Victor Valeffort...

"Ecolália trata-se de um livro de poemas de cunho crítico, vem desnudando normalismos do modo de ver social e, como sugere o próprio nome do livro, vem contestar esse aprendizado por repetição. Não importa quem você é, ou de onde você vem. Se você está tão engajado com a estruturação do Brasil, este trabalho pode levar você a uma reflexão maior sobre o momento".

Ótima sugestão de leitura, Muito bom mesmo

Parabéns Victor !!!

We Don't Want Cup !!!

A partir de agora o foco das manifestações deve ser a não realização da Copa 2014 no Brasil: We Don't Want Cup !!!

 

Os protestos que estão acontecendo em todo o Brasil, logicamente, reflete a insatisfação da população acerca da corrupção que há no país, o fato dessa corrupção não estar sendo punida faz com que a população fique ainda mais indignada com os rumos políticos do Brasil. Já que toquei no assunto dos rumos políticos do Brasil, gostaria muito de saber o próximo passo da população a respeito das reivindicações e manifestações, pois a partir de agora as manifestações precisam, principalmente, de um foco definido. Na minha humilde opnião as próximas manifestações deveriam ser contra a realização da copa de 2014 aqui no Brasil, como uma tentativa de parar com esse derramamento de gastos públicos.


Venho através do Blog O Povo em Foco mobilizar a população para divulgarmos essa ideia de não realizarmos essa copa de 2014, através de manifestações pacíficas como a que ocorreu em Recife no dia 20 de junho de 2013. Temos a missão de propagar essa ideia para todo o mundo e é preciso o empenho de todos os brasileiros que querem um país digno de se viver.

Vamos colocar essa campanha nas redes sociais e compartilharmos com todos nossos amigos e inimigos, também, pois todos precisam abraçar essa ideia. Seria muito gratificante que essa atitude partisse do nosso estado, pois Pernambuco, há muito tempo, é uma terra de nobres guerreiros, assim diz nosso lindo Hino. Vamos mostrar ao mundo que o nosso povo é contra a realização da copa do mundo 2014 aqui no Brasil e que Pernambuco é, historicamente, um estado lutador e revolucionário.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Estudantes pela liberdade divulgam cartaz com chamada para o dia 20


Rackers pregam peça em Eduardo Campos, e hackearam o twitter de eduardo campos


hackearam o twitter de Eduardo Campos!!!

A Bahia também acordou para a Primavera Brasileira!!!


O grupo se concentrou na Praça Newton Rique, na Avenida ACM, por volta das 16h, para definição do trajeto, e seguiu em direção à Avenida Tancredo Neves, centro empresarial da cidade. Eles decidiram suspender a meta de chegar à região da Arena Fonte Nova, estádio que recebe os jogos da Copa das Confederações, e caminham pela região da Avenida Paralela.
Por volta das 18h, o grupo parou no início da Avenida Paralela e foram em direção à Estação de Transbordo. Por volta das 19h30, os jovens voltaram ao ponto de partida, que é a Praça Newton Rique, para finalizar o movimento. Parte dos manifestantes disse que iria tentar o "passe-livre", ou seja, entrar pela porta da frente dos ônibus

A Primavera Brasileira chegou em Recife, estaremos junto no dia 20


Fica a pergunta ?

No Rio de Janeiro os protestos se concentram em frente a Assembleia Legislativa, em Brasilia em frente ao Congresso Nacional enquanto isso no Recife as pessoas foram pra Agamenon Magalhães. Ninguém vai pro palácio do governo ou pra assembleia Legislátiva?

O Recife chama a população para o dia 20, protesto contra a corrupção!!!




Para protestar contra a corrupção no País. Neste momento, os manifestantes ocupam o cruzamento das avenidas Conde da Boa Vista e Agamenon Magalhães, nas proximidades da Praça do Derby. O trânsito na região apresenta retenções.

O grupo, formado na maioria por estudantes, afirma que o movimento é apartidário. Eles decidiram sair em passeata pelas ruas da capital pernambucana para apoiar os movimentos que ocorrem em outras cidades do País nesta noite.

Antes de caminhar pelo Centro, os participantes se reuniram nas proximidades de uma universidade para acertar detalhes e divulgar um novo ato, marcado para a próxima quinta-feira (20), às 16h.

Policiais militares e agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) do Recife acompanham a movimentação, que está pacífica.

A manifestação é organizada pelo Libertários, grupo político cuja doutrina se baseia nos princípios da desregulamentação do mercado


Nesta segunda-feira cerca de 60 mil pessoas percorrem as ruas da cidade de São Paulo em manifestação contra o aumento das passagens do transporte público, um grupo de 70 pessoas faz, ao mesmo tempo, um ato contra a proposta de tarifa zero no vão livre do Masp.
O evento é organizado pelo Libertários, grupo político que defende os princípios da desregulamentação do mercado e no fim das concessões a empresas, de forma a retirar do Estado a responsabilidade da prestação de serviços públicos - tais como saúde, infraestrutura, educação e transportes - para aumentar a concorrência.
Para Ricardo Leite, que protestava no local, o Movimento Passe Livre identificou o problema errado. “Na verdade eles estão fazendo o jogo do Estado. Pedindo exatamente o que ele quer, servindo de fantoche. Daqui a pouco o [prefeito de São Paulo, Fernando] Haddad [PT] chega e fala que a tarifa vai baixar, e o imposto vai aumentar. Só que aí todo mundo vai pagar”, afirmou.
Ricardo reclamou, ainda, que o Estado continua com o monopólio do transporte, regulando o setor e decidindo quais empresas vão oferecer o serviço. “Não existe a definição de que ‘serviço’ é um direito. Isso é uma deturpação que eles criaram. Direito ao transporte não existe, ele é um serviço, porque senão todo mundo tem que se sacrificar para garanti-lo”, emendou.
Com gritos de “monopólio não, livre mercado é a solução”, o grupo carregava cartazes com os dizeres: “impostos: pague 2 e leve 1”, “quem paga essa conta é você”, “chega de impostos” e “se o Estado não controlar, o trabalhador só tem a ganhar”.
Outro manifestante que não se identificou para a reportagem disse que a ideia é privatizar tudo. “Somos contra a prestação de serviços prestados com o dinheiro público, de imposto coercitivo. Isso seria bom porque incentivaria o empreendedorismo das pessoas e qualquer um poderia oferecer transporte, com vans por exemplo. Temos que tirar o Estado da jogada”, afirmou.
Para Ricardo Leite, a manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) tinha muito mais gente porque as pessoas se apegam ao emocional e à propaganda política de partidos "socialistas" que tem apoiado a causa. “Eles têm um discurso muito mais apelativo e a gente tem um discurso muito mais racional. As pessoas não param para analisar qual o real problema. Não temos que ficar reféns de um bando de burocratas que decidem qual o preço deve ser cobrado”.

Rio de Janeiro 100 mil manifestantes nas ruas


Mais de 100 mil manifestantes nas ruas no Rio de Janeiro hoje no fim da tarde, na luta por democracia e por transparência nos gastos públicos.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Debate TED X UFPE levando sonhos a sério, ótimo evento!

TED

O TED é uma organização sem fins lucrativos que se dedica às ideias que merecem ser espalhadas. Nasceu em 1984 como uma conferência anual na Califórnia e já teve entre seus palestrantes Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox, Al Gore, Michelle Obama e Philippe Starck. O TED tem crescido para apoiar estas ideias que mudam o mundo com iniciativas múltiplas. No TED, os maiores pensadores mundiais são convidados a compartilhar em 18 minutos, suas ideias e experiências, com o intuito de motivar e inspirar a platéia a transformar ideias em ações. Cerca de 1200 das palestras estão disponibilizadas, gratuitamente, no site TED.com e já foram acessadas por mais de 1 bilhão de pessoas de 150 países. Com essas 4 ações, TED Conference, TED Talks, TED Prize e TEDx a organização pretende transformar seu mote “ideias que merecem ser espalhadas” cada vez mais em realidade.

TEDx

No espírito das ideias que merecem ser espalhadas, o TED criou um programa chamado TEDx. O TEDx é um programa de eventos locais sem fins lucrativos, organizados de forma independente, que reúne pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED. Num evento TEDx, TEDTalks gravados em vídeo e palestrantes ao vivo combinam-se para acender uma profunda discussão e conexão com a platéia presente no evento. Estes eventos locais e autoorganizados recebem o selo TEDx, onde x = evento TED organizado de for ma independente. A Conferência TED provê uma linha comum para o programa TEDx, mas eventos TEDx individuais são auto-organizados.

segue abaixo os vídeos do evento!

Como se deu o milagre Econômico Alemão pós-guerra!


http://mises.org.br/Article.aspx?id=1419

“Política fiscal está errada”, diz Gustavo Franco

EXAME.com - Como o Brasil pode impulsionar os investimentos e a produtividade?
Gustavo Franco - Isso é um assunto muito vasto e que começa com uma mudança de filosofia. O mundo empresarial gostaria de ver políticas públicas de várias naturezas, todas voltadas para uma economia de mercado e que não é bem o que temos visto nos últimos anos. Temos visto maior intervencionismo, que causa insegurança no mundo empresarial e não adianta brigar contra isso, isso é como o mundo funciona. Com mais intervencionismo o setor privado se amedronta.
EXAME.com - Como teria sido o crescimento econômico em 2012 sem as intervenções?
Gustavo Franco - 2012, seguramente, teria sido melhor sem as medidas de intervenção. Com exceção das medidas intervencionistas feitas no calor da crise de 2008, que eram semelhantes talvez as que os Estados Unidos fizeram, todo o resto das medidas intervencionistas terminou sendo de pouca efetividade ou tendo o funcionamento contrário. O nível de investimento no Brasil está mais ou menos parado há vários anos, em torno de 18%/19% do PIB e nesse intervalo o BNDES triplicou de tamanho. Como o BNDES triplica e o investimento fica igual?
EXAME.com - Se as eleições fossem hoje, qual seria o foco do debate econômico?
Gustavo Franco - Acho que os debates terão esses assuntos, como fazer o investimento acordar, se engajar no modelo de crescimento e é um debate interessante. Acho que o governo do PT assumiu uma identidade mais próxima do que foram os ideais teóricos do PT, o governo Lula, em política macroeconômica parecia-se mais com o governo FHC e agora as diferenças se acentuaram, num momento em que a economia começa a piorar. Tem muita convergência de opinião sobre como conduzir as coisas, é ótimo que o governo reduza a taxa de juros e isso todo mundo quer. Todo mundo quer a mesma coisa, a questão é o modo de fazer e o bom é ter um debate do modo de fazer.

A farra do bolsa empresário continua!


Lembra quando o BNDES falou que iria abandonar a política de campeões nacionais? Era apenas com o seu dinheiro vai continuar financiando os barões de nosso capitalismo de compadres. CPI do BNDES já!
enquanto isso.



O mercado de Câmbio e suas trepidações


Autor(es): Claudia Safatle
Valor Econômico - 07/06/2013
 

O aumento da taxa de juros e a depreciação do câmbio agregam importantes fatores de risco à continuidade da recuperação da atividade econômica e levantam dúvidas sobre 2014. A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) este ano deve ficar na casa dos 2%. Para o próximo ano (de campanha eleitoral), conforme a intensidade e duração da depreciação da moeda e do ciclo de aperto monetário, esse desempenho pode se repetir ou ser pior. Não se deve descartar, portanto, a possibilidade de as novas condições externas e internas eventualmente retardarem a retomada do crescimento.
O que há de novo na cena externa é a economia americana. Os indícios de que a recuperação dos Estados Unidos, finalmente, estaria se materializando depois de várias frustrações, e o anúncio do presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke - de que se aproxima o momento de começar a retirada dos estímulos monetários que irrigaram a economia mundial de 2008/09 para cá, mudam as perspectivas com que contava o Comitê de Política Monetária (Copom) para o setor externo.
Da moderação nos preços dos ativos, que constava da ata de abril, o comitê fala agora em volatilidade e tendência de apreciação do dólar; e o que dois diretores sinalizaram na ata de abril - uma reavaliação para baixo crescimento mundial - saiu das previsões. Sumiram do horizonte, portanto, dois elementos que poderiam ser desinflacionários para o país.
Governo conta com saída organizada dos EUA e não prevê crise
O manejo dos instrumentos da política macroeconômica brasileira, este ano, também mudou em relação a 2012. O câmbio, depois de passar por fortes intervenções, volta a flutuar, segundo avisou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao Valor. Os juros básicos sobem. Já os compromissos fiscais são mais flexíveis, obedecendo a uma banda de superávit primário de 1,8% do PIB a 3,1% do PIB.
O governo se prepara para enfrentar os efeitos de uma possível reação da atividade nos EUA. Autoridades da área econômica esperam que este seja um processo organizado, previamente comunicado e bem conduzido, pelo Fed, de início da normalização das condições monetárias na maior economia do mundo. Mesmo assim, após tantos anos de frouxidão monetária, esse movimento poderá produzir grandes "trepidações" no mundo e no Brasil.
"Poderá haver "overshooting" e "overreaction", mas eles [o governo americano] têm instrumentos para fazer isso de forma organizada", observou uma fonte oficial. Caso contrário, há o risco de se ter uma parada abrupta do crédito externo, como ocorreu no início da crise financeira de 2008/09. Isso não significa, porém, que o governo esteja antevendo uma dinâmica de crise, com descontrole da taxa de câmbio e grave deterioração das expectativas inflacionária. No momento, não está.
Na visão do governo brasileiro, o Fed adiantou que pretende começar - não disse como nem quando - a parar de adicionar os estímulos, com a compra de US$ 85 bilhões por mês em ativos, mas não vai retirar os cerca de US$ 3,4 trilhões que jorraram com os três "quantitative easing" na economia mundial. Essa é uma massa de recursos que deverá ser reduzida "organicamente". Na medida em que a economia americana crescer, o balanço do Fed ficará proporcionalmente menor do que é hoje em relação ao produto daquele país. Não haveria, portanto, um forte e abrupto enxugamento da liquidez internacional.
Mas não se pode desconsiderar, porém, que já está ocorrendo um deslocamento de capitais dos países emergentes para os Estados Unidos e que isso vai mexer com a taxa de câmbio. No mercado, há quem esteja prevendo, no Brasil, o dólar a até R$ 3 em 2014. O governo, porém, não avaliza essa visão.
O país conta, hoje, com uma situação do sistema financeiro menos vulnerável a paradas súbitas nos fluxos de capital do que mostrava no passado, quando da crise de 2008/09; e com um fluxo de recursos externos bem mais modesto. Ou seja, o Brasil está, atualmente, mais desalavancado em moeda estrangeira, sem volume de recursos externos de curto prazo e com mais reservas cambiais.
Sob alguns aspectos, portanto, o país estaria melhor preparado do que na crise de 2008/09 para enfrentar solavancos. Em outros, porém, está mais frágil. Isso ocorre tanto nas contas externas - saldo comercial em queda e déficit em conta corrente em alta - quanto nas condições fiscais, onde o Tesouro Nacional tem investido na antecipação de receitas para fechar as contas do ano. É fato que a oferta de crédito doméstico está mais regrada e, com o aumento da taxa de juros, ficará mais cara. Mas as famílias continuam com elevado nível de endividamento e o consumo está mais fraco.
O próximo par de anos não será fácil para os países emergentes, produtores de commodities. De um lado, a economia americana tende a se recuperar com maior produtividade e como país exportador de manufaturas. De outro, a China desacelera mais do que os mercados estavam precificando no início do ano, piorando os termos de troca para o Brasil.
A travessia da economia doméstica para um novo patamar de taxa de câmbio, nessas circunstâncias, pode produzir mais inflação e um adiamento da retomada do crescimento econômico.
O governo pretende enfrentar os efeitos do ajuste que se avizinha com a combinação de incentivos à produtividade - com desonerações e subsídios à taxa de juros para investimentos - e moderação dos salários. A própria desvalorização do real deverá fazer uma parte do trabalho de redução do poder de compra dos salários.
Claudia Safatle é diretora adjunta de Redação e escreve às sextas-feiras

Na China, medidas para conter crédito ameaçam crescimento


Autor(es): Por Bob Davis | The Wall Street Journal, de Pequim
Valor Econômico - 10/06/2013
 

A China está tomando medidas para reduzir a abundância de crédito e evitar uma onda de inadimplência e concordatas, mas isso ameaça desacelerar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
O total de financiamento social - medida mais abrangente do crédito na China - caiu cerca de 33%, para 1,19 trilhão de yuans (US$ 194 bilhões) em maio em relação à abril, no segundo mês de declínio substancial, informou ontem o Banco Popular da China, o banco central chinês.
Novos empréstimos bancários, um subgrupo do financiamento social, também caíram muito nos dois últimos meses. E na sexta-feira, o BC alertou que empréstimos não convencionais estavam criando riscos cada vez maiores para o sistema financeiro.
Mas colocar um freio nos riscos de crédito cria, por sua vez, o risco de reduzir ainda mais o ritmo do crescimento da China ao dificultar o financiamento de empresas, de projetos governamentais de infraestrutura e do desenvolvimento imobiliário. Uma leva de dados para o mês de maio já indica que o trimestre corrente talvez venha a ser o segundo seguido de crescimento decepcionante, e muitos economistas vêm diminuindo suas projeções de expansão para o ano todo.
O consumo alimentado pelo crédito que se seguiu à crise financeira de 2008 reanimou o crescimento chinês, mas endividou pesadamente bancos e governos locais, gerando preocupações sobre a saúde do sistema financeiro. Agora, o governo está diante de um dilema: reduzir o crédito para evitar que problemas financeiros se agravem provavelmente reduzirá também a taxa de expansão econômica.
Os efeitos de uma economia chinesa em desaceleração são sentidos em todo o mundo, prejudicando, entre outros, produtores de matérias-primas na América Latina e África, agricultores nos EUA e fabricantes de máquinas na Europa, que dependem da China como destino de suas exportações e investimentos.
Durante encontro este fim de semana na Califórnia, o presidente chinês, Xi Jinping, disse ao presidente americano Barack Obama que estava satisfeito com o crescimento de 7,7% do PIB da China no primeiro trimestre, segundo o website do governo central chinês. Foi um dos períodos de crescimento mais lentos desde a crise financeira global de 2008.
O governo chinês está tentando reestruturar sua economia para que ela dependa menos de exportações e investimentos e mais da demanda doméstica. Mas fazer a mudança é difícil, pois o consumidor não estará propenso a gastar mais se achar que a economia está estagnada.
No fim de semana, a China divulgou estatísticas que indicam uma redução na demanda doméstica, inclusive um declínio de 0,3% nas importações de maio, ante com um ano atrás, e um recuo de 2,9% no índice de preços ao produtor. Os preços ao produtor vêm caindo por 15 meses seguidos, um sinal de excesso de capacidade - ou demanda insuficiente - em várias indústrias.
A produção industrial da China subiu 9,2% em maio na comparação ano a ano, pouco abaixo da alta de abril e muito menor que as taxas vistas em 2010 e 2011. A produção de energia, um termômetro importante da atividade industrial, subiu só 4,1% em maio ante um ano atrás, e abaixo do crescimento de 6,2% em abril.
Já novas construções por área, uma medida fundamental da saúde do mercado imobiliário, aumentaram apenas 1% de janeiro a maio, comparado com mesmo período de 2012.
"Os principais indicadores diminuíram em todas as áreas", disse Zhiwei Zhang, economista da Nomura, que prevê um crescimento de 7,5% para o PIB da China no segundo trimestre em relação a um ano atrás e declínio contínuo no resto do ano.
Vários analistas dizem que a persistência de resultados ruins pode pressionar o governo chinês a lançar uma nova rodada de estímulos, ainda que isso signifique aumentar o crédito que ele está agora tentando controlar.
O analista do RBS Louis Kuijs, ex-economista do Banco Mundial na China, diz que o governo não deve agir até ter provas de que o desemprego está crescendo. No passado, diz ele, os líderes chineses acreditavam que era necessário um crescimento de 8% para evitar problemas com o desemprego, mas esse número pode ter caído para 7%. Umas das razões para isso seria uma diminuição na força de trabalho do país, dizem demógrafos. "Até lá, o governo não deve se desviar de seu foco nas reformas", diz Kuijs.
Durante os últimos dez anos, a China usou os empréstimos de grandes bancos estatais e outras instituições financeiras para alimentar o crescimento, principalmente financiamentos para incorporadoras e governos locais construírem rodovias, aeroportos e outras obras de infraestutura.
Mas desde a crise financeira mundial, os retornos desses empréstimos diminuíram e aumentaram os temores de que o crédito esteja agora indo para projetos que não conseguirão cumprir suas obrigações financeiras, forçando o governo a intervir ou deixar empresas quebrarem.
Desde 2010, os reguladores financeiros vêm pressionando os bancos estatais para cortar esses empréstimos, mas uma gama de instituições não convencionais surgiu para suprir essa necessidade de financiamento. Elas incluem as chamadas sociedades fiduciárias, que canalizam dinheiro de investidores ricos para projetos imobiliários e de infraestrutura.
Em maio, tanto empréstimos convencionais como os não-convencionais caíram. Empréstimos de sociedades fiduciárias, por exemplo, recuaram uns 50%, para 99,2 bilhões de yuans, em relação a abril, à medida que os reguladores endurecem as regras.
(Colaboraram Richard Silk e Liyan Qi.)

O discreto perfil acadêmico dos economistas


Os indícios de uma crise econômica brasileira têm incitado analistas a suspeitar da competência de nossos economistas. Embora alguns questionem se economia é uma ciência, não há dúvidas de que ela é ancorada em teorias.
É possível estimar-se a competência de nossos economistas nesse contexto? Há sem dúvida um caminho para isso. Hoje, há bases de dados que permitem medir prestígio público e acadêmico para as diversas áreas do conhecimento.
No primeiro caso, se teria uma medida de visibilidade por meio de exposição na mídia. No segundo, a medida de prestígio seria alcançada pelas publicações em revistas acadêmicas especializadas. É de se esperar que, em ambas as categorias, prestígio tenha uma correlação com competência.
No cenário nacional, já se tem uma surpresa. Ao contrário do que acontece, por exemplo, nos Estados Unidos, onde os economistas de renome público são também autoridades acadêmicas, no Brasil há uma dicotomia entre os economistas mais dedicados à academia (assim reconhecidos pelo CNPq) e aqueles distinguidos publicamente --são praticamente dois grupos distintos.
A segunda surpresa é que, em ambos os grupos, as publicações acadêmicas são exíguas. A terceira surpresa é que o percentual de economistas nacionais que obtiveram doutorado no exterior sob a supervisão de conceituados acadêmicos é superior aos de todas as demais áreas, alcançando 70%.
O que se pode inferir desses dados? Primeiro, que a contribuição brasileira para o corpo de conhecimento universal em economia é muito baixa. De fato, de acordo com a base Thomson-Reuters, enquanto no cômputo geral de publicações de artigos científicos o Brasil ocupa a 13ª posição, em economia a posição é a 30ª. Em um marco de qualidade e impacto, medido por citações por artigo, a posição é ainda inferior, 42ª.
Essas informações são intrigantes. Elas fazem aflorar dúvidas quanto à aplicação acertada dos conhecimentos da área econômica aos problemas nacionais. Como, porém, deixar de reconhecer dados que falam em favor dos nossos economistas. Um, que os exames de ingresso em instituições nacionais prestigiosas de ensino de economia são muito competitivos, abrindo caminho para alunos de qualidade. E outro, o de que que o ensino em nível de graduação dessas instituições é de boa qualidade.
É difícil se esquivar da impressão de que, no Brasil, há uma linha divisória entre graduação e pós-graduação em economia. Talvez o baixo encanto por produção científica frente à atração que setores não acadêmicos exercem (mercado, consultoria, política e comunicação pública) afastem os economistas de uma pós-graduação árdua, pouco compensadora financeiramente e com baixa exposição pública.
Talvez isso seja parte da explicação pela alta propensão dos egressos da graduação em economia em buscarem doutorado e pós-doutorado no exterior.
Óbvio está que esporadicamente surjam impactos positivos em nossa economia motivados por orientações dos economistas. Porém, é mais provável que essas se encontrem nos "think tanks" do que na academia. Um bem sucedido foi o Plano Real.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Juventude Inglesa prefere os Liberais

http://globotv.globo.com/globo-news/manhattan-connection/v/juventude-inglesa-entra-nos-ritmo-dos-liberais/2624919/

Ótimo vídeo que mostra da intenção dos jovens ingleses pelo Liberalismo, onde os mesmos estão cada vez mais voltados para as idéias Liberais, levando a uma tendência cada vez maior, de Liberalismo entre os Jovens do mundo inteiro.