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Durante seminário em comemoração aos 10 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, Mantega disse que a situação fiscal do país "ainda não é ideal", na medida em que o setor público ainda registra déficits nominais. Mas reiterou que o quadro brasileiro está entre os melhores do mundo após a crise financeira global.
"O grande desafio (do país) é ter um superávit nominal", afirmou Mantega, acrescentando que isso deve ser alcançado "em breve". Para 2010, ele reforçou que o objetivo é cumprir um superávit primário de 3,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
"O crescimento econômico é a melhor maneira de melhorar as contas públicas porque você aumenta a arrecadação (de impostos e tributos) sem prejudicar a economia", disse Mantega.
De acordo com o ministro, na contramão dos países desenvolvidos, o Brasil continuará reduzindo sua dívida pública neste período de recuperação econômica. Ele avaliou, contudo, que juros muito altos têm impacto sobre o déficit fiscal.
PACOTE PARA EXPORTAÇÕES
Mantega disse que a taxa de câmbio brasileira está estabilizada e previu volatilidade menor.
"Você tem uma volatilidade menor do câmbio brasileiro desde que nós tomamos a medida (de imposição de alíquota de 2 por cento) do IOF. Acredito que nós vamos manter uma volatilidade menor do câmbio", disse a jornalistas
Durante o seminário, ele estimou que as transações correntes do país terão déficit de 2,2 a 2,3 por cento do PIB este ano, por conta da deterioração da balança comercial com o fraco crescimento mundial.
O ministro afirmou que o governo anunciará na quarta-feira medidas para estimular as exportações brasileiras, algumas das quais terão impacto imediato. Mas previu que uma mudança mais substancial nas exportações dependerá da retomada da demanda global.
"A partir de 2011 e 2012, com a recuperação da economia mundial, nós vamos aumentar de novo as exportações brasileiras e ter um equilíbrio comercial maior", afirmou.
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