quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Economia Pernambucana


As ultimas leituras dos dados econômicos sobre o estado de Pernambuco divulgadas pelo IBGE , mostram que a crise econômica não atingiu diretamente a cadeia produtiva do nosso estado, por causa dos investimentos feitos no Porto de Suape, através da Refinaria e da grande contratação de mão-de-obra para a construção do Estaleiro Atlântico Sul.

Assim como as obras de transposição do Rio São Francisco no Sertão, e a construção das obras da Transnordestina que vem do interior até a capital no Porto de Suape, gerando empregos diretos e indiretos, elevando o estado a um patamar de crescimento nunca antes visto, que teve sua complementação com as obras do PAC 1, PAC 2 e da fábrica da FIAT, que ajudaram a desenvolver urbanisticamente as cidades que formam um clusters em seu entorno contribuindo para diminuir cada vez mais o déficit habitacional.

Mais os problemas que pareciam estar sanados vem aumentando a cada dia, ora por causa de problemas estruturais e naturais, que o estado ainda vem sofrendo, ora como a seca do ultimo ano, ou com a baixa qualificação profissional que já foi verificada em municípios que receberão grandes fábricas como o de Goiana.

Ainda assim o Estado apresenta um acumulo na sua dívida pública, que está cada vez maior, passando dos 7,237 Bilhões o que representa uma menor eficiência na gestão pública. Que mesmo com a taxa de crescimento sendo acrescida em torno de 1,9% no PIB do primeiro trimestre, fica no mesmo nível da taxa nacional e de outros estados do nordeste, como o estado do Ceará, e da Bahia com 1,4%, que por sua vez perdeu espaço para Pernambuco no setor da agricultura, mais ganhou no setor industrial.

Entretanto no acumulado do ano, depois de baixas tremendas com a seca o Estado voltou a se recuperar em alguns setores, mais já demonstra preocupação em outros como o setor de serviços que é o grande carro chefe que comporta a grande maioria dos empregos na região metropolitana do Recife.

O que podemos dizer é que o Estado ainda deve apresentar algumas previsões positivas a curto prazo, pelo menos até 2014, mais o cenário para o futuro parece mais incerto mesmo com o funcionamento da FIAT, porque a população vem sentindo muito com a redução do crédito, o aumento dos juros e a inflação acumulada que vem tirando muito o sono dos Pernambucanos, que cada vez mais tem os seus salários sendo depreciados, afetando toda a cadeia produtiva.

Onde o governo Federal busca controlar a inflação com remédios monetários, como a alta dos juros divulgados está semana pelo Banco Central que já chega aos 9% a.a, o que representa um freio no desenvolvimento, e uma redução brusca na geração de empregos e renda.


O que nos leva a um dilema: "pois de que vale, aumentar os juros, buscando conter a inflação, se o governo não busca reduzir os seus impostos e seus gastos, levando, o que nos leva a um acumulo da dívida pública cada vez maior dos estados e da nação". 

Por David Batista

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