sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Dilma deixou a sombra de Lula , diz The Economist




A revista britânica The Economist traz em sua edição desta semana uma pequena avaliação sobre a gestão de Dilma Rousseff e recomenda que a presidente do Brasil se afaste dos membros mais problemáticos de sua coalizão para fortalecer seu governo.
A revista nota que Dilma manteve uma série de ministros ligados a Lula, fez reformas limitadas e defendeu ministros acusados de corrupção antes de afastá-los. Para a Economist, entretanto, apesar de ter “evitado gestos corajosos”, Dilma “progressivamente emergiu da sombra de Lula para remodelar o Estado brasileiro da sua forma”.
Exemplo disso, segundo a revista, é a nomeação de “técnicos” para cargos importantes, como Marco Antonio Raupp para o Ministério da Ciência e Tecnologia e Graça Foster para a Petrobras. A revista afirma que ainda “é preciso esperar para saber” se essas mudanças vão fazer Dilma ter mais condições que Lula “para impulsionar as reformas estruturais que o Brasil precisa”, mas diz que Dilma pode estar “preparando o terreno para uma agenda mais ambiciosa”.
E sugere mudanças na base governista:
Pesquisas recentes colocam a taxa de aprovação de Rousseff em 59%, um aumento de dez pontos em relação ao ano passado. Isso poderia encorajá-la a abandonar sua desajeitada coalizão. Sete partidos estão representados no ministério, e a oposição tem apenas 91 representantes dos 513 da Câmara. Se afastar de seus aliados nominais mais problemáticos ajudaria a fortalecer sua presidência ao mesmo tempo em que lembra a todos quem é a chefe.

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