quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Prefeitura de Olinda confisca tribuna da oposição

(Fotos: Divulgação)
Pré-candidata à prefeita de Olinda, a tucana Terezinha Nunes enviou e-mail para relatar uma ação da prefeitura contra um movimento da oposição na manhã deste domingo. Leia os fatos:
Em uma ação inusitada e intempestiva, a Secretaria de Controle Urbano da Prefeitura de Olinda, com a ajuda da Guarda Municipal e das polícias Civil e Militar tentou impedir neste domingo pela manhã uma ação de fiscalização dos partidos que compõem a União das Oposições por Olinda no pátio da Feira de Peixinhos. O evento foi marcado na última quinta-feira e estava previsto para começar às 7h.
Mas logo que os primeiros membros da oposição começaram a chegar e instalaram no local a “Tribuna do Povo”, uma bancada criada para permitir que as pessoas pudessem se manifestar nos diversos pontos da cidade, fiscais do município, junto com policiais, interromperam a fala do candidato a vereador, Rinaldo da Silva (Guiginho), do PTN, que usava a tribuna, e, à força, tomaram dele a bancada, levando-a até um veículo do município de onde a mesma foi transportada para a secretaria.
Jacilda Urquiza discursa com carro de som após apreensão
A alegação dos mesmos era que a Tribuna – que ocupa apenas um metro quadrado – estava instalada em via pública. Não houve acordo que pudesse dirimir a ação dos fiscais. A Tribuna foi na verdade instalada ao lado de um prédio semi-abandonado onde deveria estar funcionando um Restaurante Popular prometido pelo prefeito (Renildo Calheiros) e até pelo presidente Lula, há mais de três anos. Apesar dos recursos terem sido liberados, segundo a oposição, a obra não foi concluída e se encontra abandonada. O restaurante era na verdade o principal motivo do ato político.
Logo depois da apreensão da Tribuna, começaram a chegar os líderes dos partidos coligados entre eles Arlindo Siqueira, do PSL, Terezinha Nunes, do PSDB, Alf, do PMN, Jacilda e Isabel Urquiza, do PMDB e Assis Pedrosa, do PTC. Através de negociação com a Delegacia de Peixinhos foi acordado que o ato poderia se realizar a partir das 9h com o uso de um carro-de-som. A presença de guardas municipais e muitos policiais no local foi explicada pelos policiais como uma ação de fiscalização que seria realizada no mesmo dia e horário do ato da oposição na Feira. Estranhamente, porém, como afirmou o ex-vice-prefeito Arlindo Siqueira “a fiscalização foi marcada no mesmo dia em que a oposição decidiu realizar sua visita”.
A apreensão da Tribuna e a confusão estabelecida no local acabou provocando movimentação de muita gente que estava reclamando da ação dos fiscais da Prefeitura, o que provocou uma grande aglomeração.Ao falar logo depois, as lideranças da oposição que cederam parte do tempo da manifestação aos feirantes que desejavam se pronunciar, denunciaram “a ação arbitrária de quem não consegue conviver com a democracia”, como afirmou Terezinha Nunes, acrescentando que “o PSDB calou toda a Câmara de Vereadores que hoje apoia por unanimidade o prefeito e quer impedir, a todo custo, que a oposição se exerça “. Depois de afirmar que Olinda “é hoje o município da RMR mais esburacado e cujo prefeito é um dos mais rejeitados do Estado”, a tucana anunciou que os partidos vão nesta segunda-feira discutir as medidas judiciais cabiveis para reaver a Tribuna “que é do povo e não da Prefeitura”.
O ex-deputado Alf denunciou que os policiais apreenderam também o carro-de-som e bateram em feirantes sem nenhuma explicação. A ex-prefeita Jacilda Urquiza afirmou que a área onde foi abandonada a construção do Restaurante Popular estava destinada anterioramente a uma ampliação da feira. “Não fizeram nem uma coisa nem outra como estamos vendo aqui”, disse a peemedebista. Isabel Urquiza criticou o abandono e a forma truculenta com que a oposição foi recebida, o mesmo fazendo Assis Pedrosa e outros oradores.
Via Povo em Foco Por De Moraes 


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